a capacidade de
visualizar para baixo do umbigo sempre foi problemática para quem tem uma
grande barriga. essa assintomática incapacidade introduziu-se, qual mania vegetariana,
na política mundial do dia para a noite. ou da noite para o dia, conforme o
hemisfério. não, não foi um desdou; nem da sabedoria, nem da experiência, nem
de algo senão do nada. ( nada nada?) além do pouco, quase
nada, que já escrevi sobre o assunto, muito pouco mais há para escrever… a não
ser que a doideira chega, fácilmente, para todos. temos, pois, que privatizar
tudo outra vez, em especial a responsabilidade tostalitária. quanto ao resto…
espero poder dar- lhe alta num nadinha de nada.
poema: o rapaz do chá de gaza
trago chá quente
e misturo-me na multidão
mutilada do hospital de gaza
vendo a doutores e enfermeiros,
a doentes e, a guerreiros
sempre prontos a disparar
por tudo e por nada,
mesmo dentro do hospital...
volto a casa e preparo mais chá
para ir para o hospital de gaza
à multidão mutilada por vezes fio,
outras, vendo pelas ruas
o meu pai está desempregado,
o meu país esmagado,
consumido, enganado e a
ficar maluco, creio
(c) r.x. 2006.10.5 amsterdão
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