O primeiro ‘justiceiro’
por quem tive uma admiração, quase ao nível do fanatismo reservado para algumas
estrelas pop-rock, foi o comissário Corrado Cattani, da série televisiva
italiana “O Polvo” (que nunca teria sido realizada dependesse o apoio de alguma
das televisões controladas pelo senhor Burlesconi). Antes dele já tinha um
fraquinho pelo Zé do Telhado, mas a distância temporal era tão grande que só
teve o efeito de uma mera personagem de folhetim. Depois do mítico Corrado, só
a procuradora portuguesa Maria José Morgado e o juíz espanhol Baltasar Garzón
tiveram o mesmo impacto, menos a componente emocional da vida e tragédias
pessoais de Cattani. Tudo isto a propósito do ‘linchamento’ de que o juiz
Garzón está a ser víctima, em Espanha, por ter mexido com os pod(e)res
instalados; sejam os ligados aos partidos políticos espanhóis, sejam os ligados ao defunto ditador
Franco, como contra Pinochet e Berlusconi, entre outras coisas mais, e que é, para mim, uma fonte de angústia, vergonha e desalento. Pese embora
a esperança de que ele saberá defender-se com unhas e dentes. Quanto a Maria
José Morgado, que se bate com afinco e galhardia pela justiça naciomal, a
situação é mais do tipo ‘chover no molhado’ já que nem emenda tem o soneto,
como já nem soneto existe para…
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