pensado, escrito, fotografado e inanimado por ricardo xavier

28/01/12

JUSTIÇA À LAGAREIRO


O primeiro ‘justiceiro’ por quem tive uma admiração, quase ao nível do fanatismo reservado para algumas estrelas pop-rock, foi o comissário Corrado Cattani, da série televisiva italiana “O Polvo” (que nunca teria sido realizada dependesse o apoio de alguma das televisões controladas pelo senhor Burlesconi). Antes dele já tinha um fraquinho pelo Zé do Telhado, mas a distância temporal era tão grande que só teve o efeito de uma mera personagem de folhetim. Depois do mítico Corrado, só a procuradora portuguesa Maria José Morgado e o juíz espanhol Baltasar Garzón tiveram o mesmo impacto, menos a componente emocional da vida e tragédias pessoais de Cattani. Tudo isto a propósito do ‘linchamento’ de que o juiz Garzón está a ser víctima, em Espanha, por ter mexido com os pod(e)res instalados; sejam os ligados aos partidos políticos espanhóis, sejam os ligados ao defunto ditador Franco, como contra Pinochet e Berlusconi, entre outras coisas mais, e que é, para mim, uma fonte de angústia, vergonha e desalento. Pese embora a esperança de que ele saberá defender-se com unhas e dentes. Quanto a Maria José Morgado, que se bate com afinco e galhardia pela justiça naciomal, a situação é mais do tipo ‘chover no molhado’ já que nem emenda tem o soneto, como já nem soneto existe para…

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